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Leilões Judiciais: o que é, como funciona e como participar?

Participar de um leilão judicial pode ser uma boa oportunidade para adquirir bens a preços atrativos, de fato. No entanto, é importante entender como esse processo funciona para evitar riscos e garantir que você está fazendo um bom negócio.

No artigo de hoje, a Leilões Judiciais te explica o funcionamento do leilão judicial, os principais pontos de atenção e como você pode participar com segurança e sucesso. Continue lendo para se informar e estar preparado!

Martelo de juiz apoiado em cima de uma mesa

O que é um leilão judicial?

O leilão judicial é uma modalidade de venda pública de bens pertencentes a devedores em processos judiciais. O objetivo é quitar dívidas por meio da venda de bens móveis ou imóveis. Todo o processo é autorizado por um juiz e conduzido por um leiloeiro nomeado pela justiça. Qualquer interessado pode participar, exceto nas situações previstas em lei no artigo 890 do Código de Processo Civil.

Além disso, o leilão judicial ocorre quando o devedor, após ser condenado, não realiza o pagamento da dívida ao credor. O juiz, então, determina a penhora de bens do devedor para quitar o débito. Esses leilões podem acontecer em processos de diversas esferas judiciais, como a estadual, federal, trabalhista ou eleitoral.

Como os bens vão para leilão?

Os bens entram em leilão judicial quando o devedor não quita a dívida após ser citado e intimado a pagar. Nesse caso, o juiz ordena a penhora de tantos bens quanto forem necessários para cobrir o valor devido. Esses bens podem incluir imóveis, veículos, equipamentos e produtos menores, dependendo do caso.

Esses itens são colocados em leilão após serem avaliados e divididos em lotes. A venda é conduzida por um leiloeiro oficial e supervisionada pela Justiça para garantir a legalidade do processo.

Veja também nosso artigo sobre leilões de carros para mais detalhes sobre como funciona um leilão de automóveis.

Como os bens são avaliados antes do leilão?

Após a penhora dos bens, um perito nomeado pelo juiz ou um oficial de justiça realiza uma avaliação para determinar o valor de mercado do bem. Essa avaliação é bem importante, pois define o valor de referência para o leilão. O valor de avaliação e outras condições são detalhados no edital do leilão.

Homem assinando papés em cima de uma mesa de madeira com miniaturas dde casas ao lado

Nos leilões da Receita Federal, por exemplo, apenas bens originais, com comprovação de procedência, são aceitos para serem leiloados. Isso garante maior segurança aos participantes, já que itens sem comprovação são descartados antes de chegarem ao leilão.

Como funciona o leilão judicial?

O leilão judicial é uma modalidade de venda pública em que bens penhorados de um devedor são oferecidos para quitar dívidas reconhecidas judicialmente. E claro, com preços mais baixos! Um imóvel avaliado em R$ 500.000 pode ser vendido por até R$ 250.000 na segunda praça, representando uma excelente oportunidade para quem deseja investir em imóveis ou outros bens.

O processo é conduzido por um leiloeiro, sob supervisão de um juiz, e geralmente ocorre em duas etapas, conhecidas como primeira praça e segunda praça.

No entanto, ao participar de um leilão judicial, tenha cuidado com alguns detalhes. Muitos imóveis arrematados em leilões judiciais podem estar ocupados, o que pode exigir do arrematante uma ação judicial para desocupação. Isso pode gerar custos adicionais, como custas processuais e honorários advocatícios.

Portanto, é importante verificar no edital se o imóvel está desocupado e avaliar outros fatores, como dívidas associadas ao bem, como IPTU e taxas de condomínio atrasadas, que podem ser transferidas para o comprador.

Outro ponto importante é visitar o imóvel antes do leilão, se possível, para verificar seu estado de conservação e avaliar se reformas significativas serão necessárias. Esta informação, assim como a possibilidade de visita, geralmente está disponível no edital do leilão.

Pessoa sentada a frente de um notbook enquanto digita

O que significa 1ª e 2ª praça em um leilão judicial?

Na 1ª praça, o bem é oferecido pelo valor da avaliação realizada durante o processo judicial. O lance inicial deve ser equivalente ao valor da avaliação. Se o bem não for arrematado nesta etapa, ele segue para a segunda praça;

Já na 2ª praça, se o bem não for vendido na primeira etapa, ele é ofertado novamente, desta vez com um desconto significativo, que pode chegar a até 50% do valor original de avaliação. Esse desconto torna a segunda praça uma oportunidade muito atrativa para quem visa adquirir bens a preços abaixo do mercado.

Qual o risco de comprar imóvel em leilão judicial?

Embora comprar um imóvel em leilão judicial possa trazer grandes vantagens financeiras, existem riscos. Um dos principais riscos é a condição do imóvel ou possíveis dívidas associadas, como taxas de condomínio ou impostos atrasados. Além disso, pode haver a presença de ocupantes no imóvel, dificulta a posse imediata.

No entanto, ao arrematar um bem em leilão judicial, o comprador tem direito a receber o imóvel livre de ônus, conforme o art. 1.499, VI do Código Civil e o art. 908 do CPC. Caso haja hipotecas ou penhoras, o juiz pode determinar a baixa de todos esses encargos. Por isso, para evitar problemas em seu leilão, é essencial:

3 mãos com 2 delas apontando para um tablet exibindo um grafico e a outra fazendo anotações em uma folha

  • Verificar o edital do leilão e os detalhes do bem;
  • Visitar o imóvel antes de arrematar;
  • Solicitar uma análise detalhada dos documentos e da matrícula do imóvel.

Mais informações sobre segurança na compra de imóveis podem ser encontradas em nosso artigo como comprar ou vender imóveis de forma segura.

O que acontece depois do leilão judicial?

Após o término do leilão, o arrematante deve seguir alguns procedimentos para concluir a compra e tomar posse do bem. Para imóveis, o comprador receberá uma Carta de Arrematação, que deverá ser registrada em cartório. Esse documento transfere oficialmente a propriedade. Caso o imóvel esteja ocupado, é possível negociar diretamente com o ocupante ou solicitar ao juiz uma ordem de desocupação.

No caso de bens móveis, como veículos, o arrematante receberá um mandado de entrega e, com ele, poderá retirar o bem no local indicado. Se houver resistência por parte dos ocupantes ou outros problemas, o juiz pode determinar medidas judiciais, incluindo o uso de força policial, se necessário.

Qual a diferença entre leilão judicial e extrajudicial?

A principal diferença entre os dois tipos de leilão está na origem do processo. Leilões judiciais ocorrem por conta da decisão de um juiz — geralmente após um processo de execução ou cumprimento de sentença — para quitar dívidas reconhecidas judicialmente.

Por outro lado, um leilão extrajudicial é realizado sem a necessidade de uma decisão judicial, geralmente em casos de inadimplência com financiamentos de bens, como imóveis e veículos.

Mesa de madeira com estatua que simboliza justiça

Quem pode participar de um leilão judicial?

Qualquer pessoa física ou jurídica maior de idade pode participar de um leilão judicial. Isso inclui o próprio credor, que pode optar por arrematar o bem caso tenha interesse. No entanto, existem algumas exceções. Não podem participar de leilões judiciais os seguintes perfis:

  • O devedor ou pessoas agindo em nome dele;
  • Tutores, curadores, testamenteiros, advogados das partes e administradores de bens confiados à sua guarda;
  • Juízes, membros do Ministério Público e Defensoria Pública, escrivães, chefes de secretaria e servidores da Justiça;
  • O leiloeiro e sua equipe.

Quais são as vantagens de participar de um leilão judicial?

Na visão da Leilões Judiciais, uma das maiores vantagens de participar de um leilão judicial é a oportunidade de adquirir bens por valores significativamente abaixo do preço de mercado. Isso torna o processo uma excelente opção tanto para investidores quanto para aqueles que desejam adquirir um bem para uso pessoal.

Relogio de mesa dourado e ao lado um pilha de moedas ambos em cima de uma mesa de madeira

Além do fator econômico, destacamos a transparência e a segurança jurídica como pontos essenciais. Os leilões judiciais são conduzidos por leiloeiros oficiais e seguem regras estritamente supervisionadas por um juiz, o que garante que todo o procedimento seja justo e livre de irregularidades. Dessa forma, os arrematantes podem participar com confiança de que o processo é legal, seguro e vantajoso.

Como tomar posse do imóvel ou bem arrematado?

Após arrematar um bem em leilão judicial, o processo de retirada é simples, desde que os documentos estejam em ordem. Para imóveis, é necessário obter a Carta de Arrematação e registrá-la no Cartório de Registro de Imóveis. Já para bens móveis, como veículos, um mandado de entrega será emitido.

Se houver resistência do atual ocupante do imóvel ou dificuldades na retirada do bem, o arrematante pode solicitar ao juiz medidas judiciais cabíveis, inclusive reforço policial, se necessário.

Homem bem vestido com paletó parado em frente a uma casa comum

Na melhor das hipóteses, o bem será entregue sem complicações. Na pior das hipóteses, você terá seu dinheiro de volta, incluindo a comissão do leiloeiro.

Em conclusão, para garantir uma participação segura e bem-sucedida em um leilão judicial, acompanhe e analise constantemente os editais com atenção para assegurar que o bem arrematado não apresenta complicações, como dívidas pendentes ou ocupações irregulares.

Aqui, oferecemos uma fonte confiável de informações, com conteúdos que explicam cada etapa do processo e os cuidados necessários para evitar problemas em seus leilões. Quer se aprofundar no assunto e aproveitar as melhores oportunidades? Explore nossos artigos e fique por dentro de tudo!