Fundos multimercados
Os fundos de investimento multimercados são aqueles que conseguem investir em diferentes ativos utilizando diferentes estratégias.
Dependendo do fundo, o mesmo pode contar inclusive com alavancagem e outras formas de potencializar os seus resultados.
Como os fundos multimercado conta com uma gama diversa de possibilidades, na hora de investir em um, você precisa ficar atento. Antes de investir, entenda como funcionam os fundos multimercado.
Carteiras diversificadas
Como o próprio nome do fundo já diz, os fundos multimercado podem trabalhar com diferentes mercados. Dentre eles podemos citar;
- Mercado cambial,
- Ações
- Fundos imobiliários
- ETF
- Cotas de outros fundos
- Opções
- Renda fixa em geral
- Tesouro Direto
Enfim, dentro de um fundo multimercado você pode encontrar muita coisa. Sendo assim, as carteiras dos fundos podem ser bem diversificadas.
A diversificação é algo que pode afastar você de rendimentos elevados, mas vai lhe proteger de momentos de forte queda do mercado.
Quando você investe de forma concentrada em um só ativo, se o mesmo subir muito, você vai ganhar bastante. Mas se ele cair, aí você pode perder tudo.
Agora, ao investir em fundo multimercado, dependendo da diversificação da carteira, mesmo que um ativo se deprecie, é bem provável que os outros investimentos “compensam” o prejuízo e assim, a carteira fica mais estável.
É claro que existem vários tipos de “diversificação de carteira”. Uma diversificação coerente aliado a uma boa estratégia pode conduzir o fundo a uma boa performance de médio a longo prazo.
Já estratégias ruins ou mal aplicadas podem render prejuízos aos cotistas do fundo. Por isso, é sempre bom analisar o fundo que você pretende investir antes. Estude com bastante cuidado.
Estrutura do fundo
Como boa parte dos fundos, a estatura do fundo multimercado é basicamente assim, segue;
- Administração
- Gestor
- Custodiante
- Auditoria
A administração é feita pela instituição que está construindo o fundo, ou seja, o banco que vai lançar o mesmo.
Por exemplo; o Itaú pretende construir um fundo multimercado, então o Itaú é a instituição administradora e, portanto o Itaú é que vai atrás da gestão, custodiante e da auditoria terceirizada.
O administrador do fundo vai escolher qual tipo de fundo o mesmo será, quais serão as regras e etc. Tudo isso, quem define é o administrador.
O Gestor fica a cargo de outra empresa especializada. Por exemplo, o Itaú contrata a gestão da XP, para tocar o fundo, ou de qualquer outra firma.
Será o gestor que vai colocar em prática a estratégia do fundo. Será na figura do gestor que ficará depositado a confiança de todos os cotistas e inclusive da administração.
Depois nós temos a instituição custodiante. Essa função cabe à instituição que vai receber a estrutura do fundo.
Então a custódia ficará no Itaú, ou vai para outra instituição, como de repente a XP? Ou outro banco?
E por último nós temos a figura da auditoria terceirizada. Será através da auditoria que os números do fundo serão avaliados e havendo algum tipo de problema, as correções terão que ser realizadas preservando o interesse dos cotistas e de todos aqueles que estão investindo no fundo.
O que analisar antes de investir em um fundo multimercado?
Uma das primeiras coisas que devem ser avaliadas é a gestora e a administração do fundo. Busque fundos que possuem administrações de instituições fortes, como o banco Itaú, Bradesco, ou de empresas internacionais, como é o caso de BNP Paribas, JP Morgan, Credit Suisse entre outros.
A gestão também precisa se feita por uma instituição de ponta ou por um grupo cujos profissionais são conhecidos por boa reputação na área de investimentos.
Por exemplo; existem fundos da Vitreo e da Verde Asset, que são muito interessantes e possuem bons históricos.
Depois de conferir essas informações, chegou a hora de avaliar o histórico de desempenho do fundo.
Evite fundos recentes que possuem menos de 6 meses de informações com relação ao desempenho.
Por contar com pouco tempo de vida, esses fundos multimercados podem acabar se tronando uma surpresa (positiva ou não).
É importante destacar que desempenho passado não garante rentabilidade futura, mas, através dessa análise, você consegue determinar o pensamento e a forma de investir do gestor.
Se ele consegue aproveitar momentos de alta da bolsa de valores, ou se o mesmo permanece com a carteira mais “estável”, enfim dá para ver isso por meio da performance anterior.
Outra coisa que você pode estudar é a carteira do fundo. Fundos com alavancagem podem render bons lucros, mas prejuízos também.
De certa forma, a alavancagem não é uma estratégia boa de ser colocada em prática. Dê preferência a fundos multimercado sem.
Fundos que possuem muitas alterações em sua composição também não são tão interessantes. Isso significa que o gestor busca alternativas diferentes de forma recorrente. A estratégia até pode render lucros, mas é preciso avaliar se a mesma se manterá assim.
Para analisar a composição da carteira e até o histórico da mesma você pode buscar tais informações no site da CVM na área de pesquisa por fundos de investimento.
A pesquisa pode ser feita com o CNPJ do fundo em questão. Aí é só colocar na parte de busca e encontrar os dados.
Mais uma coisa; antes de investir no fundo veja o tempo de resgate do fundo. Fundos que levam mais do que 7 dias para entregar o valor resgatado, podem dar mais dor de cabeça caso o investidor esteja precisando dos recursos.
O fundo multimercado é uma boa?
Sim, mas tudo vai depender do perfil do investidor e da qualidade do fundo. Fundos de boas administradoras com gestoras boas tendem a entregar resultados satisfatórios.
No curto prazo, mesmo os melhores fundos, podem oferecer prejuízos aos seus cotistas. Por isso, a hora de analisar, tente observar prazos maiores do que 2 ou 3 anos.
Não dê preferencia a fundos com alavancagem, procure aqueles que investem em ativos como ações, cotas de outros fundos, papéis de renda fixa e evite também os derivativos.
Ao considerar todos os pontos citados acima, dificilmente você terá dor de cabeça com o fundo multimercado.